sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O LIVRE ARBÍTRIO

O LIVRE ARBÍTRIO




Antes de comentar sobre este título quero aqui fazer uso da história do livre arbítrio e de como esta doutrina se originou. Iniciou com um homem chamado Pelágio, veja a história:


Pelágio, foi um teólogo britânico, provavelmente irlandês que viveu entre 360-420 d.c., ele era contemporâneo de Agostinho. Alguns livros dizem que ele era monge outros dizem que isso nunca foi comprovado, mas ele era um homem de grande caráter e erudição. Em 400 d.c. ele foi a Roma e assustou-se com a vida leviana de seus moradores, ele estava convencido que a perversão do homem era o motivo de não admitir a sua culpabilidade; e foi com base nesta angustia pessoal que ele elaborou suas formulações teológicas. No ano 410 d.c. ele se muda para a África do Norte com seu fiel seguidor Coelestius, e foi lá que ele entra em contato com Agostinho diretamente. Agostinho repugna seus ensinamentos e Pelágio repugna os ensinamentos de Agostinho. Finalmente, Pelágio foi condenado em dois sínodos norte-africanos o primeiro de Milene e o segundo de Cartago, nos anos de 461 e 418 d.c..Pelágio falece por volta de 420 d.c., por fim o concilio de Éfeso de 431 d.c. o condena. Agostinho teve sucesso refutando Pelágio, mas o pelagianismo não morre com ele. Varias forma de pelagianismo recorrem periodicamente através dos séculos. Erasmo defendeu conceitos pelagianos sobre o pecado original. Lutero responde a seus ensinamentos com o livro "A Escravidão da Vontade", também o Catolicismo medieval, sob a influencia de Aquino, adotou um semi-pelagianismo, e neles se aprendia que o homem coopera com a graça de Deus para sua salvação. No século XVII aparece o arminianismo que tem base no pelagianismo; Arminius em 1610 escreve a Remonstrantia que comtem cinco artigos, que foram refutados um a um no Sínodo de Dort (1618-1619).
Já no século XIX o evangelista americano Charles G. Finney reavia o pelagianismo puro, repudiando as doutrinas calvinistas sobre o pecado original e da depravação total. Hoje vários movimentos protestantes usam seus ensinamentos de uma forma semi-pelagiana, não assumida mas as ensinam.
Vemos portanto que na história essa doutrina foi considerada herética, no entanto hoje em dia é tida como doutrina verdadeira. Iremos analizar alguns pontos dos defensores do livre arbítrio.
Os que defendem o livre arbítrio diz que é uma doutrina bíblica, e tentam mostrar em alguns textos isso como se fosse verdade. Eis aqui alguns textos:
1º TEXTO -> "os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência" Dt 30:19. 
O texto não diz que o homem tenha porventura uma livre vontade de escolher o que quer nos assuntos concernentes a vida espiritual entre o bem e o mal, pois mesmo com o conselho divino que não eram para escolher a morte, a história comprova que eles escolheram o caminho da morte e maldição de acordo com a sua natureza pecaminosa. Deus já não colocava confiança no livre arbítrio do homem por que antes deste versículo o Senhor tinha dito: "eis que estás para dormir com teus pais; e este povo se levantará, e se prostituirá, indo após deuses estranhos na terra para cujo meio vai, e me deixará, e anulará a aliança que fiz com ele" (Dt 31:16). Moisés também não colocava muita confiança no possível livre arbítrio do homem: "porque conheço a tua rebeldia e a tua dura cerviz. Pois, se, vivendo eu, ainda hoje, convosco, sois rebeldes contra o Senhor, quanto mais depois da minha morte?" (Dt 31:27). Se existisse livre arbítrio poque que Moisés não deu um conselho para que o povo usasse o seu livre arbítrio? Respondo: Poque ele sabia que não existia essa história de livre arbítrio.
2º TEXTO -> "vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra" (Is 1:18-19). O texto não fala de uma capacidade do homem em si mesmo de vir, querer e ouvir, pois a verdade é que o homem não pode vir, querer e ouvir se não for concedido unicamente e exclusivamente pela a graça de Deus. Os textos a seguir comprovam isso, vejamos o que realmente sobre isso a Palavra de Deus diz: 
Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.Jo 6:65 Vemos que o textos diz que ninguém pode vir, então morre aqui o livre arbítrio.
Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.João 8:43 E por que o homem não tem capacidade e de ouvir a voz de Deus? Explica Paulo: Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.1 Coríntios 2:1


Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.Filipenses 2:13. Outra vez o texto diz que Deus é quem efetua em nós o querer e o realizar, segundo não o livre arbítrio do homem, as segundo a soberana vontade de Deus.
Por enquanto, vou ficar por aqui com essa primeira postagem sobre esta série, gostaria que vocês comentassem e fizessem sua considerações. 





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